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O que os Estados Unidos querem espionando o Brasil?

obamaNo mês de junho passado, uma notícia não ganhou a devida repercussão que deveria ganhar: um agente de informações da CIA, Edward Snowden, revelou que os Estados Unidos, através da NSA, Agência Nacional de Segurança, estavam realizando espionagem em diversos cantos do mundo, inclusive o Brasil. Segundo as informações averiguadas, o Brasil foi o segundo país mais espionado no mundo pelos americanos. Dentre outras nações que foram vítimas estão a França e a Alemanha.

Conforme as notícias da grande mídia, os americanos montaram um escritório em Brasília e com anuência de operadoras de telefonia checaram milhões de ligações telefônicas e e-mails de brasileiros. Imediatamente o governo brasileiro, acuado com as manifestações populares, deu uma resposta (ainda) genérica sobre o caso, pedindo que a Polícia Federal verificasse o teor das informações compartilhadas. Divulgou ainda a imprensa que o governo brasileiro iria cobrar explicações dos Estados Unidos sobre tal situação. Renan Calheiros, presidente do Senado e outros parlamentares cobram mais explicações. No entanto, ninguém, absolutamente ninguém faz a pergunta de um milhão de dólares (ou reais para os mais patriotas): afinal, o que os Estados Unidos querem do Brasil com essa espionagem?

Nosso sistema educacional, devidamente realizado por socialistas, ensinou-nos que os americanos são porcos imperialistas, capitalistas genocidas e inimigos da democracia. Hugo Chávez que o diga. Mas fazer um fantoche de qualquer pessoa ou coisa é fácil: basta reunir os erros daquela pessoa e pronto, há um belo inimigo para ser odiado. Mas parando para pensar brevemente, nota-se que os Estados Unidos são o sustentáculo da democracia, sobretudo no Ocidente. Sem os ianques, provavelmente viveríamos tempos tenebrosos nas mãos de seres piores do que imaginamos que os americanos sejam. O que quero dizer é que os EUA possuem erros e acertos como qualquer outro país.

Uma nação pode ser amiga ou inimiga de outra e isso dependerá de vários aspectos. Olhar apenas para um dos pólos da relação é realizar um exercício de injustiça. Se os EUA são a maior nação do mundo, é natural que eles exerçam muita influência ao redor do globo e naturalmente irão querer expandir essa influência. Dentre muitas coisas envolvidas estão as riquezas naturais. Sabendo que o Brasil é rico nesse quesito, a visão mais pragmática que poderíamos ter seria de que eles não querem que nós cresçamos para não fazer frente a eles. Mas isso só se concretizaria caso o Brasil, povo e governo, aceitasse, no amor ou na dor.

Somos uma nação riquíssima. Há 513 anos somos explorados como uma colônia, mas o Criador foi tão generoso com essas terras que ainda há muito a ser explorado. Temos uma imensidão de terras cultiváveis, uma das maiores percentagens de água doce, um litoral com capacidade econômica enorme, diversos tipos de minérios, a floresta amazônica que com as riquezas da fauna e flora possui um colossal potencial para pesquisas e patentes, sem falar no povo criativo que somos. Os americanos sabem de tudo isso e sabem que se o Brasil quisesse ser a maior nação do mundo, ela seria. Mas como abordado antes, para que isso acontecesse seria necessária uma intervenção ou colaboração ou as duas coisas ao mesmo tempo por parte do governo e do próprio povo, por mais que fosse por omissão.

Em nossa história econômica, costuma-se dizer que o Brasil nunca alçou voo maior do que de uma galinha. Pula, bate asas com muito esforço, mas voa pouco. O povo foi alijado das grandes decisões políticas e sociais do Brasil: república e independência. Entrega de bandeja a consciência coletiva à programação televisiva que é patentemente um instrumento de engenharia social, mantendo o povo alienado, hibernando em profundo sono para não perceber o potencial que tem. A carta do jogo NWO explicita que os recursos naturais daqui são de importância estratégica valiosa, coisa que o Dr. Enéas Carneiro, célebre candidato à presidência algumas vezes, já dizia abertamente nos anos 1990. No livro, “O relatório da CIA, como será o mundo em 2020”, há uma parte exclusiva destinada ao Brasil, dizendo que podemos ser uma potência mundial.

A resposta não é certa, claro, mas certamente os EUA estavam monitorando as atividades econômicas do Brasil, tais como relações com outros países, acordos bi e multilaterais. Pensando de maneira friamente, os americanos teriam interesse em continuar fazendo do Brasil uma imensa colônia para continuar usufruindo dos recursos daqui. Por conta disso, é pouco provável que atividades de meros cidadãos comuns foram monitoradas. A espionagem americana teve provavelmente como alvo o alto empresariado brasileiro, funcionários públicos de alto escalão, parlamentares e (por que não) até a presidente.

Se isso chegar a ser verdade, será o fim do que conhecemos com soberania. O fim do que chamados de direitos humanos e companhia. Mas, como sempre, nada disso assustará as massas distraídas, pois as notícias são dadas de formas homeopáticas para não assustar o sapo que tranquilamente relaxa na sauna. Já estamos nos acostumando com a falta de privacidade em nível pessoal. Por que isso não haveria de acontecer em nível nacional?


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